terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Reino de Cristo não é deste Mundo?



Por Gary North

"Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui" (João 18:36).

Eis uma passagem freqüentemente mal-interpretada. Pilatos perguntou a Jesus: “Porventura sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?” (18:35). Cristo estava respondendo à implicação de Pilatos que ele era soberano sobre Cristo, pois era o representante de Roma, que por sua vez era soberana sobre Israel. Por implicação, Cristo era simplesmente outro problemático político ou religioso que estava diante do tribunal do poder Romano.

Não dessa forma, respondeu Cristo. Ele não negou que tinha um reino; pelo contrário, Ele afirmou isso. Sua resposta não afirmou a declaração de Pilatos de autoridade implícita sobre Cristo. O reino de Cristo não era deste mundo? O que isso significava? Que Seu reino não se originou neste mundo. O “de” denota lugar de origem e/ou localização de autoridade. Cristo não disse que Seu reino não estava neste mundo; Ele disse que não era deste mundo.

Resumindo, Cristo afirmou que Pilatos não tinha jurisdição última sobre Ele, visto que Roma tinha poder visível temporário sobre Israel. Observe também a palavra “agora”: “agora o meu reino não é daqui.” Mas isso não diz nada sobre o dia do juízo, ou mesmo o dia da Sua ressurreição.

Resposta Questionável

“O reino de Cristo não se originou neste mundo. No tempo da crucificação Ele não tinha apoiadores terrenos que lutariam por ele. Mas em Seu reino milenar, quando Ele aparecer fisicamente para governar com uma vara de ferro, Seu reino será deste mundo – um elo entre o céu e a terra. Mas hoje, na era da igreja, Seu reino não é deste mundo, de forma que não devemos lutar para defender Ele e Sua reputação. Não devemos tentar a construção de um reino cristão.”

Minha Resposta: A questão que precisamos ter respondida é esta: Quando o “agora” foi ou será removido da sentença de Cristo? Quando Ele será capaz de anunciar que Seu reino é agora deste mundo, porque seu lugar de origem – o céu – terá descido à terra? Claramente, isso acontecerá após o juízo final. Mas isso acontecerá antes também? Já aconteceu?

Jesus anunciou na última ceia: “E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel” (Lucas 22:29-30). Ele anunciou após Sua ressurreição: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mateus 28:18). Onde? No céu e na terra. Aqui estava a fusão. Agora Seu reino é deste mundo. Agora Seus seguidores lutam por Sua honra, pois servem a um Senhor ressurreto que demonstrou Seu poder sobre a morte. Seu reino é agora visível neste mundo através do Seu povo.

Para estudo adicional: Rm. 14:17; Cl. 1:13; 4:11; 1Ts. 2:12; Hb. 12:28; Ap. 1:5-6.



Fonte: 75 Bible Questions Your Instructors Pray You
Won’t Ask, Gary North, (Institute for Christian
Economics, 1988), p.169-170.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

O Futuro Glorioso da Igreja

Por Hermes C. Fernandes

O evangelho de Jesus Cristo é a única mensagem que traz esperança para o mundo. Às vésperas de 2012, a mensagem mais em voga nos púlpitos de todo o globo é “o fim do mundo”. Pregadores bem intencionados exortam o rebanho a que esteja preparado para o arrebatamento da igreja. Segundo eles, os sinais proféticos estão se cumprindo, e a qualquer momento, a besta emergirá do mar, o Anticristo subirá ao trono, e se iniciará a grande tribulação. Acontecimentos recentes como a queda do muro de Berlim, o Mercado Comum Europeu, a quebra das bolsas de valores em todo o mundo, a globalização , o avanço tecnológico sem precedentes, a clonagem de animais, e muitos outros, são elevados à posição de sinais dos tempos, e servem de gancho às admoestações acerca do fim. Isso sem contar os cataclismos naturais, como furacões, terremotos, erupções vulcânicas, o efeito estufa e outros.

Afinal, que esperança podemos ter com respeito a este mundo, se tudo o que o espera é destruição, e nada mais ?

Se o mundo está perto do fim, então, por que muitos cristãos teimam em lutar em favor da justiça social, engajando-se na política, criando organizações não-governamentais e envolvendo-se nos mais diversos projetos sociais? Não será isso um contra-senso? Não creio que valha a pena lutar por algo que está perto do seu fim. Se o fim está próximo, como advogam alguns, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Adeus Mundo Velho, Feliz Mundo Novo!


Por Hermes C. Fernandes



Eis um assunto badalado não apenas nos círculos religiosos, mas também nas rodas de amigos nos bares, entre vizinhas nas calçadas, e até nos meios acadêmicos. Basta uma tragédia, como a que aconteceu no dia 26 de dezembro de 2004, quando uma Tsunami varreu a costa de dez países asiáticos, matando centenas de milhares de pessoas, para que o assunto volte a ser discutido. O fim do mundo tem sido tema de vários filmes de Hollywood. Dependendo dos autores e diretores cinematográficos, o mundo pode acabar através do impacto provocado por um asteróide, como no filme “Armagedom”, ou através de uma nova era glacial, como no filme “O Dia depois de amanhã”, ou pela invasão de alienígenas, como em “Independence Day”. O que não falta são versões para o cataclismo final, que colocará em risco a preservação do planeta Terra e da raça humana. Que bom que os Estados Unidos, que sempre aparecem como o mocinho da história, estão aí pra evitar o pior. Será que eles fazem jus ao papel dado pelos cineastas americanos?


Muitos roteiros de filmes apocalípticos são inspirados em previsões como a dos escritor francês Rey-Dusseil, em La Fin du Monde (1830), que imaginou a destruição da Terra pela passagem de um cometa, que alteraria o eixo de rotação do planeta, e elevaria o nível dos oceanos. Já o escritor e astrônomo francês Camille Flammarion (1842-1925), que escreveu um livro com o mesmo título (1893), presumiu a morte lenta do planeta pelo frio em uma nova era glacial.
Inúmeros cientistas, físicos e astrônomos têm se ocupado nesse tema. Alguns se debruçam sobre as causas que provocariam a destruição completa do Universo daqui a alguns bilhões de anos, enquanto outros se preocupam com uma eventual catástrofe que pudesse destruir a Terra a qualquer momento. Carl Sagan (1934-1996), famoso astrônomo norte-americano por seu programa de TV “Cosmos”, anunciava a possibilidade da vida na Terra ser exterminada por um inverno nuclear. [1] Os cientistas que defendem o surgimento do Universo a partir do Big-Bang ocorrido a cerca de 15 bilhões de anos, acreditam que ele chegará ao fim daqui a mais ou menos 50 bilhões de anos, através de um Big Crunch. Segundo eles, desde o Big Bang, o Universo está em expansão, mas chegará o tempo em que começará a se contrair, até desaparecer.

sábado, 9 de outubro de 2010

As 70 Semanas de Daniel revisitadas




Por Hermes C. Fernandes



“Portanto quando virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo ( quem lê, entenda)...”
MATEUS 24:15

Depois de orar por vinte e um dias consecutivos, Deus enviou o anjo Gabriel para confortar Daniel, e fazê-lo entendido acerca daquilo que haveria de acontecer ao seu povo. Disse o anjo ao profeta:

“Daniel, agora vim para fazer-te entender o sentido. No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para declará-la a ti, porque és muito amado. Portanto, considera a mensagem, e entende a visão: Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, e dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos Santos”.
DANIEL 9:22-24.

É ponto pacífico entre os teólogos que essas setenta semanas referem-se a semanas de anos. Portanto, significam literalmente 490 anos.

O que é que aconteceria dentro desse prazo? O pecado seria expiado, e a justiça de Deus seria, por conseguinte, satisfeita. Além disso, o Santo dos Santos seria ungido.